sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O lado obscuro do KI

O grande mestre do Aikido fazia estas coisas em 1969 aos 85 anos de idade.



Muita gente ainda não acredita que os ataques foram reais, que os atacantes se jogavam sozinhos no chão.

Mas um dos alunos da Europa que logrou treinar diretamente com o mestre contou que ele (de 1,80 mts de altura e mais de 100 kg de peso) era muito jovem e inexperiente na época e realmente não era fácil enfrentar num local cheio de público um mestre com as características tão especiais que faziam do sensei Uyeshiba o mestre de Artes Marciais mas famoso da sua época.

Ele tinha uma mirada e um comportamento realmente potentes e acreditava com toda sua FÉ que ele era "um com o universo" e que tirava suas forças da natureza mesma....

Todos sabemos o que pode fazer alguém totalmente entregue a suas convicções......

E o Sensei Uyeshiba realmente fazia.....

Basta observar este vídeo e pensar que ele tinha 85 anos de idade!!!!!





O "Mestre Kiai"

ATENÇÂO: Este vídeo pode ser bastante feio de presenciar, nele um senhor idoso é fortemente batido por um adversário bem mais jovem...



Este vídeo foi muito difundido pela internet, eu encontrei ele num fórum sobre Aikido na Espanha.

Nesse tópico do fórum se discutia o que fazer com os "falsos mestres" que proliferavam em todas as Artes Marciais ( como em todas as atividades)

Alguns participantes falavam que o cara era realmente um "picareta" que inventou todo um esquema para, junto com um grupo de alunos jovens e inexperientes, tirar dinheiro dos incautos....

Mas outro comentarista no fórum postou, com muita lógica, que ele não era simplesmente um picareta, senão que ele também estava auto-enganado, senão por que aceitaria se bater com outro mais forte e jovem ante o publico presente??

E eu realmente coincido com este ultimo comentário. Por que muitas vezes encontrei "senseis" que dentro de seu mesmo núcleo passavam a auto-enganar-se assim como enganavam a seus alunos de forma inconsciente.

É um risco grande, que os verdadeiros mestres experientes, humildes e centrados chegam a poder superar, com anos de treinamento e a sabedoria que traz o passar dos anos.




Um ilusionista espanhol na televisão



Um ilusionista espanhol demonstrando quanto a postura, as câmeras da TV e o jeito convencido de falar, podem fazer na gente que é fácil de influenciar...

Observem que no truque final onde uma fila de gente vai empurrar ele, coloca antes de iniciar uma condição: (o som está em espanhol mas acho que dai para compreender)

Que não iniciem violentamente senão de um jeito gradual aumentando aos poucos a força aplicada...

Ele primeiro sugestionou ao primeiro da fila (que ele facilmente avaliou como o mais fácil de influenciar) e depois colocou varias outras pessoas atrás dele....

Quando muitas pessoas vão fazendo força gradualmente uns sobre outros, o resultado final não é a suma das forças aplicadas.

Por que o corpo de cada um, ao sentir força nos seus ombros inconscientemente tenta se re-equilibrar fazendo força para atrás ou seja: suas mãos tentam empurrar para adiante mas seu corpo tenta ir para atrás.

Se dão o suficiente tempo para que o corpo reaja (por isso ele pedia que as forças sejam gradualmente aplicadas) a resultante final de todas as forças é quase zero.....

E se além disso o primeiro da fila está duvidando, a pouca força resultante fica totalmente sob ele sem que consiga transmitir ela para adiante.......

Vemos como com um pouco de conhecimento de mecânica corporal, psicologia e segurança em se mesmo é muito fácil fazer truques que enganem ao publico......

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Fazendo com KI (vídeoLog)

Muitos dos princípios e conceitos como KI ou Zanshin podem ser visualizados na execução de diversas atividades, artísticas ou esportivas....

Prestem especial atenção em:



Atuando com KI: observar como o ator que faz do samurai Musashi (o vencedor do duelo) fica desde o principio ao fim concentrado em seu adversário e como fica atento para ele depois de desferir os golpes finais, também comparem com o final do canto do "Cantando com KI" e poderão conferir que os níveis de concentração e intensidade são iguais isto pode ser definido como ZANSHIN.





Dançando com KI: observar o fluir contínuo e constante, o equilíbrio, a graça e a harmonia entre os dois dançarinos.....





Aikido com KI: Observar como a atenção do executor da técnica fica "conectada" depois de executar cada técnica, a conexão entre eles continua após do "fim da técnica" isso é ZANSHIN.......





Futebol com KI: Observar como o jogador vai passando através dos jogadores do outro equipo e como lembra um pingo de agua escorregando entre as pedras, elgante, fluído, harmonioso mas ao mesmo tempo impossível de parar....





Amedrontando ao rival com KI: Observar a concentração total de cada executor nos seus próprios movimentos, mas também na harmonia com o resto do grupo e como isso afeta aos rivais, antes de iniciar o encontro.
Eles conseguem: "vencer antes de iniciar a partida........ "





Cantando com KI: Observem a potência real de uma máquina perfeita (a sinfónica, seu coro, seu solista e o maestro) e muito especialmente no minuto final da canção, onde pode se perceber claramente, na cara do cantor, como ele mantém a atenção e concentração uns 5 segundos depois de terminar com o esforço final.....
ZANSHIN (atenção flutuante) da melhor espécie...........






Escrevendo contos com KI:

De Jorge Luis Borges (Buenos Aires, 24 de Agosto de 1899 — Genebra, 14 de Junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico e ensaísta argentino mundialmente conhecido por seus contos e histórias curtas.

As ruinas cirulares
Um índio chega, de canoa, a uma parte da margem de um rio onde há um templo, o templo do deus Fogo. Dentre inúmeras coisas que ali realiza – sempre solitário -, resolve dormir e sonhar, para assim manter-se ocupado e “povoado”. Um dia, resolve criar um mundo paralelo, sonhando. E seus sonhos começam a ter conexão. Então, resolve ter um filho, criar um homem pelo sonho, dar-lhe vida, dar-lhe existência em seus sonhos.

Funes "o memorioso"
Personagem da ficção de Borges, Funes teria tido uma vida comum. Um acidente mudou definitivamente o rumo da vida desse peão de uma estância no sul do Uruguai.
A capacidade de tudo lembrar ou, em outras palavras, a incapacidade de esquecer tornou-se a "doença’ de Funes, apelidado de "o memorioso".

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